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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dante's Inferno ( XBOX 360 )


Bebendo da mesma fonte de God of War, Dante’s Inferno consegue brilhar por mérito próprio.

Vamos começar este review indo direto ao ponto: Dante’s Inferno é muito parecido com God of War. Se alguém estiver jogando e você vir a partida de relance, provavelmente vai pensar “ué, mas o que o Kratos está fazendo no Xbox 360?”. Alguns de nós aqui na Redação pensamos exatamente isso quando vimos o game da Visceral Games em ação. Essa é uma comparação inevitável, mas não quer dizer que Dante’s Inferno seja ruim por isso. Inspirar-se (ou, se preferir, copiar) na jogabilidade de God of War foi uma boa decisão, e a aventura de Dante consegue se destacar por mérito próprio.

A história é baseada no romance A Divina Comédia, do italiano Dante Alighieri. Em suma, resume-se aos relatos do escritor enquanto viajava pelos nove círculos do inferno. Nesta aventura, ele é acompanhado pelo poeta Virgílio, que atua como seu guia. Lógico que se você ler o livro, não terá em mãos passagens descrevendo como Dante aniquilava hordas de demônios com a foice que ele roubou da própria Morte. O jogo usa a obra de Alighieri como pano de fundo, mas toma muitas liberdades poéticas para prender o jogador. Isso já começa quando, como citamos anteriormente, Dante enfrenta a Morte para conseguir sua foice. Com a arma em mãos, ele parte em uma jornada no inferno para resgatar sua amada Beatrice das garras do tinhoso. Para isso, você terá que enfrentar demônios, almas penadas e toda a sorte de habitantes infernais.

O mais legal nisso tudo, um dos principais pontos fortes de Dante’s Inferno, é sua viagem através dos círculos do inferno. Como o escritor descreveu em seu livro, existem nove círculos infernais, cada um vinculado a um pecado. Dante começará sua aventura no Limbo, que é onde o Rei Minos julga as almas e as encaminha para o círculo mais apropriado. Depois passará pelos círculos da Luxúria, Cobiça, Ira, Gula e vários outros, cada um com um visual único e inspirado no pecado em destaque. Isso vale tanto ao design dos inimigos como dos cenários. Reserve um tempo para admirar os gráficos, que estão acima da média dos jogos atuais, e você também dará os parabéns à equipe de arte de Dante’s Inferno.

A jogabilidade, como você já sabe, é idêntica ao sucesso do PlayStation God of War. Dante usa duas armas: a foice da Morte e uma cruz sagrada. É possível combinar o ataque de ambos os artefatos para criar combos impressionantes, aniquilando hordas de inimigos com facilidade. Alguns desses inimigos podem ser julgados, e cabe ao jogador decidir punir ou absolver a alma do adversário. Caso opte pela primeira opção, a foice será melhorada, e você ganhará pontos para comprar mais habilidades para ela. Caso escolha absolver, a arma beneficiada é a cruz. É um sistema de moral interessante, mas bem superficial, já que não importa o que você escolher, a mudança não vai além da melhoria das armas. Você pode passar o jogo todo punindo os inimigos e decidir depois absolvê-los sem nenhuma consequência.

As lutas com os chefes são todas memoráveis e também estão entre os melhores momentos de Dante’s Inferno. Para um game que joga logo a Morte como primeiro chefe, o que poderíamos esperar? O que vem em seguida é o enorme Rei Minos, que proporciona uma divertidíssima batalha, assim como todos os outros chefes. Uma sacada legal é que não basta apenas chegar e sair esmagando os botões freneticamente para matar os chefões. Há todo um esquema para matá-los, que em muitas vezes envolve objetos do cenário.

Se você quer aproveitar tudo isso que Dante’s Inferno proporciona, terá que enfrentar um começo tedioso. Se você é daqueles que joga cinco minutos e a experiência desse período é o que será decisivo para jogar ou não o resto do game, infelizmente não jogará o resto da aventura de Dante, o que é uma pena. No resto do game, você também se deparará com algumas falhas que são típicas desse gênero, como câmeras que atrapalham ao invés de ajudar em certos momentos e uma mecânica de saltos que às vezes deixa a desejar, o que lhe guiará para algumas mortes desagradáveis. Mas isso é pequeno em comparação ao que o resto de Dante’s Inferno pode proporcionar. Quem sabe podemos até dizer que este game supre a falta de um God of War no Xbox 360...




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